RELATOS DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA: AS COLETÂNEAS DE TEXTO E O TRABALHO COM LEITURA
Palabras clave:
Leitura, Coletânea de Textos, Formação de ProfessoresResumen
O ensino de texto nas escolas brasileiras nos últimos anos, sobretudo no Ensino Médio, tem se pautado nos pressupostos da Prova de Redação do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. A principal motivação para esse movimento se encontra no fato do exame funcionar como forma de entrada para grande parte das universidades no Brasil, influenciando, assim, nas concepções de texto que predominam no discurso de professores e alunos, bem como na elaboração de materiais didáticos. Com isso, houve um recrudescimento em torno de um único gênero discursivo, o dissertativo-argumentativo, o que faz com que nas escolas, e principalmente, nos “cursinhos” seja reforçada a prática mecânica de redação, em que há o incentivo para a memorização de fórmulas e “receitas” para se obter um texto “Nota Mil”. Por outro lado, textos de diversas esferas discursivas são apresentados aos candidatos na Prova de Redação, o que constitui a chamada Coletânea de Textos, que apresenta o tema e busca fomentar o diálogo entre as diversas vozes que predominam na sociedade. No entanto, diante das práticas adotadas nas aulas de redação, o trabalho com a leitura dessas coletâneas, incentivando uma prática de leitura dialógica e interativa, parece ficar comprometido. Para analisar essa questão, entrevistamos três professores de redação que atuam em turmas finalistas do Ensino Médio. O corpus foi analisado indiciariamente, conforme Carlo Ginzburg (1986), e dialogicamente, de acordo com os pressupostos acerca da linguagem do Círculo de Bakhtin.
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