A Educação Profissional no Brasil:
aproximações e distanciamentos com os modelos Argentino e Finlandês
DOI:
https://doi.org/10.36524/profept.v6i3.755Palavras-chave:
Educação Profissional, Educação Comparada, Brasil, Argentina, Finlândia, Professional Education, Comparative Education, Brazil, FinlandResumo
Este artigo tem por objetivo analisar o modelo de Educação Profissional Brasileiro, comparando-o com os adotados em países como a Argentina e a Finlândia. Para isso, efetuou-se uma pesquisa de educação comparada baseando-se nos conceitos propostos por Verhine (2017) e uma análise bibliográfica utilizando autores como Cunha (2000), Melo (2010), Britto (2013), Carmo, Filho e Miyachi (2014), Weinberg (2017), Cotrim-Guimarães e King (2017), Bastos (2017), Moraes (2017) e Silva (2018). Nesse sentido, buscou-se apresentar as políticas, a organização e a estrutura da Educação Profissional da Argentina e da Finlândia, a fim de verificar aproximações e distanciamentos em relação ao modelo brasileiro. A pesquisa revelou que a Educação Profissional implantada na Argentina apresenta semelhanças significativas em relação ao modelo brasileiro no que se refere à dualidade educacional, a sua estruturação fora do sistema regular de ensino, ao currículo baseado em competências e à formação voltada para o mercado de trabalho e inclusão social. No que concerne às diferenças, verificou-se a questão do termo de referência da Educação Profissional, do órgão responsável por esta e dos tipos de instituições que oferecem tal modalidade de ensino. Com relação ao modelo adotado na Finlândia, as similitudes foram observadas na relação da Educação Profissional com o setor produtivo, já que os estudantes cumprem estágios para articular a formação acadêmica ao processo produtivo e mundo do trabalho, como também na certificação das competências desenvolvidas para os trabalhadores que não concluíram o ensino médio. As divergências encontradas referem-se a sua não estruturação na dualidade educacional, a um currículo que garante que todos os alunos tenham uma educação básica, para só assim realizar a formação profissional, sendo este flexível, ou seja, o aluno possui autonomia para decidir o que cursar. Desta forma, pode-se concluir que os aspectos analisados trazem questões importantes para ampliar o debate sobre a Educação Profissional no Brasil, em observância às experiências internacionais, extraindo delas elementos para pensar o atual modelo implementado no país e refletir sobre as possibilidades de aprimoramento das políticas educacionais.
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