DISCRIMINAÇÃO DE CAFÉ ARÁBICA QUANTO À QUALIDADE SENSORIAL UTILIZANDO CROMATOGRAFIA GASOSA E PLS-DA

Autores

  • Bárbara Zani Agnoletti Universidade Federal do Espírito Santo, Campus Goiabeiras
  • Patrícia Fontes Pinheiro Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Química e Física, campus Alegre
  • Lucas Louzada Pereira Instituto Federal do Espírito Santo, Departamento Laboratório de Análise e Pesquisa do Café - LAPC, campus Venda Nova do Imigrante
  • Emanuele Catarina da Silva Oliveira Instituto Federal do Espírito Santo, Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, campus Venda Nova do Imigrante
  • Paulo Roberto Filgueiras Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Química, campus Goiabeiras

DOI:

https://doi.org/10.36524/ric.v6i3.848

Palavras-chave:

café arábica, qualidade, PLS-DA, cromatografia gasosa, compostos voláteis

Resumo

O aumento do consumo de café especial de alta qualidade gera segmentação de mercado, com forte potencial e novas oportunidades para países produtores. O aroma e sabor característicos são critérios decisivos de preferência do consumidor. Em vista disso, a qualidade do café é determinada principalmente, pela análise sensorial que avalia a qualidade da bebida. Todavia, os atributos detectados na bebida estão diretamente relacionados à composição química do grão, que durante a torrefação sofrem inúmeras transformações químicas, responsáveis pela formação de grande variedade de compostos voláteis. Tendo em vista a subjetividade da análise sensorial, o estudo da composição volátil do café possibilita um melhor entendimento sobre aspectos relacionados à sua qualidade. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi identificar os principais compostos voláteis que influenciam a qualidade do café. Para isso, foi utilizada a técnica HS-SPME-GC/ MS associada à PLS-DA para discriminar amostras de cafés arábica classificados conforme o protocolo de degustação da Associação Americana de Café Especiais (SCAA) em especial (≥ 80 pontos) e não especial (< 80 pontos). Dos 29 compostos voláteis identificados, 6 foram selecionados por apresentaram maior correlação com os atributos sensoriais (2,5-Dimetil-3(2H)furanona, 5-Metilfurfural, 2-Acetil-3-metilpirazina, 2-Furoato de alila, 1-Furfuril-2-formil-pirrol, Palmitoleato de metila). O modelo PLS-DA obtido apresentou valores de exatidão e taxa de acerto acima de 65%. Para o grupo de teste, a taxa de erro foi 25%. Todas os compostos influenciaram representativamente na discriminação das classes especial e não especial com destaque para a 2-acetil-3-metilpirazina, que apresentou maior peso, segundo o PLS-DA.

Biografia do Autor

Bárbara Zani Agnoletti, Universidade Federal do Espírito Santo, Campus Goiabeiras

Em 2012, graduou-se em Engenharia de Alimentos pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo. Em agosto de 2015, obteve o título de Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo. Em 2018, iniciou o curso de complementação pedagógica com habilitação em química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES), Campus Piúma. Em 2019, obteve o título de Pós-graduada em Engenharia da Segurança do Trabalho pela Faculdade Multivix e iniciou o curso de Pós-graduação em Controle de Qualidade e Segurança de Alimentos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES), Campus Piúma. Em 2020, iniciou o Doutorado em Química na Universidade Federal do Espírito Santo, Campus Goiabeiras. Atua, principalmente, no estudo da química do café, pelas áreas de química analítica e quimiometria.

Patrícia Fontes Pinheiro, Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Química e Física, campus Alegre

Possui graduação em Química pela Universidade Federal de Viçosa (2003), mestrado em Agroquímica pela Universidade Federal de Viçosa (2005) e doutorado em Agroquímica pela Universidade Federal de Viçosa (2009). Atualmente é professora associado II na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) em Alegre-ES. Vem trabalhando na obtenção de semissintéticos na busca de novos agroquímicos, bioatividade de óleos essenciais e análises químicas de cafés. Bolsista de Produtividade em Pesquisa (FAPES) - Ciências Agrárias (2016-2018).

Lucas Louzada Pereira, Instituto Federal do Espírito Santo, Departamento Laboratório de Análise e Pesquisa do Café - LAPC, campus Venda Nova do Imigrante

Lucas Louzada Pereira é Bolsista de Produtividade PQ-1 do Ifes, possui Doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande Sul (2017), Mestre em Engenharia de Produção pela UENF (2012). É Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, Ifes, campus Venda Nova do Imigrante. Atua com pesquisas voltadas para o controle de qualidade em sistemas de produção, controle de processos, com enfoque especial na cafeicultura. Possui atuação nos estudos dos processos de fermentação espontânea e induzida no processamento via-úmida, desenvolve pesquisas na área de análise sensorial e torração do café. É Q-Grader licenciado pelo Coffee Quality Institute e Coordenador do Laboratório de Análise e Pesquisa em Café LAPC do Instituto Federal do Espírito Santo. Foi conferencista em eventos de ciência e tecnologia como palestrante em países como: Austrália (WFCP), Rússia (Roaster Village), Colômbia (Cenicafé e Universidade Santo Tomás), foi anfitrião do Cup of Excellence em 2017 como coordenador das ações técnicas que foram desenvolvidas no Instituto Federal do Espírito Santo, campus VNI.

Emanuele Catarina da Silva Oliveira, Instituto Federal do Espírito Santo, Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, campus Venda Nova do Imigrante

Possui graduação em Quimica pela Universidade Federal do Espírito Santo (2010), mestrado em Química pela Universidade Federal do Espírito Santo (2013) e doutorado em Química pela Universidade Federal do Espírito Santo (2016). Atualmente é professora no Instituto Federal do Espírito Santo - campus Venda Nova do Imigrante. 

Paulo Roberto Filgueiras, Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Química, campus Goiabeiras

Possui graduação em Matemática na modalidade Licenciatura (2004), graduação em Química nas modalidades bacharel e licenciatura (2008) pela Universidade Federal do Espirito Santo - UFES, mestrado em Química pela UFES (2011), Doutorado em Ciências (Química Analítica) pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp (2014) e pós-doutorado em Química pela UFES (2015). Desde maio de 2015 é professor do Departamento de Química da UFES - DQUI/UFES e também do Programa de Pós-Graduação em Química da UFES. Tem experiência na área de Química Analítica, com ênfase em Quimiometria e Métodos Ópticos de Análise. Atua principalmente nas áreas de quimiometria e química do petróleo e derivados. Desde março de 2020 é coordenador do Programa de Pós-Graduação em Química da UFES.

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Publicado

2020-12-23

Como Citar

Zani Agnoletti, B., Fontes Pinheiro, P., Louzada Pereira, L., da Silva Oliveira, E. C. ., & Filgueiras, P. R. (2020). DISCRIMINAÇÃO DE CAFÉ ARÁBICA QUANTO À QUALIDADE SENSORIAL UTILIZANDO CROMATOGRAFIA GASOSA E PLS-DA . Revista Ifes Ciência , 6(3), 147-158. https://doi.org/10.36524/ric.v6i3.848

Edição

Seção

Artigos científicos

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