USO DE CASCAS DE LARANJA PARA EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL E AVALIAÇÃO DE SUAS ATIVIDADES BIOLÓGICAS
DOI:
https://doi.org/10.36524/ric.v10i1.2419Palavras-chave:
Cultivo de laranja, manejo sustentável, óleo essencial, fitotoxicidade, citotoxicidadeResumo
A expansão da produção de laranja e instalação de agroindústrias mitigam a necessidade de aproveitamento dos resíduos gerados. Este estudo investigou o uso de cascas residuais de laranja para extração de óleo essencial e avaliação de sua potencial atividade biológica. O óleo essencial (OECL) foi obtido da cultivar Valência (Citrus sinensis L.), adquirida no município de Jerônimo Monteiro, Brasil. As cascas frescas foram quantificadas quanto ao teor de umidade e de óleo essencial. O OECL foi caracterizado quanto aos seus atributos físicos (densidade e índice refração), químicos (composição qualitativa/quantitativa) e biológicos (atividade antioxidante, fitotoxicidade e citotoxicidade). As cascas apresentaram 61,5% de umidade e 0,9 % de óleo essencial, este apresentou densidade = 0,8572 g cm-3 e índice de refração = 1,4712 tendo em sua composição: Limoneno (96,37%), Linalol (2,26%) e β-Pineno (1,37%). Dentre as atividades biológicas avaliadas destaca-se o forte carácter antioxidante, concentração efetiva de 89 mg mL-1 para sequestro de 50% do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazil. No teste de fitotoxicidade in vitro, com Lactuca sativa, verificou-se que 30 mg mL-1 do OECL não alterou significativamente o processo germinativo, nem o crescimento radicular, mas reduziu em 90% a emissão de folíolos. Já no ensaio de citoxicidade in vitro, 30 mg mL-1 do OECL não afetou a viabilidade do crescimento celular da Saccharomyces cerevisiae, mas reduziu sua atividade enzimática em 30%. A exploração do OECL apresenta-se promissora quanto ao rendimento de obtenção e atividades biológicas, sendo necessários estudos mais aprofundados de seletividade e mecanismos de ação.
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