USO DE CASCAS DE LARANJA PARA EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL E AVALIAÇÃO DE SUAS ATIVIDADES BIOLÓGICAS

Autores

  • TERCIO DA DE SOUZA Coordenadoria do Proeja. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – Campus de Alegre, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6667-1806
  • Jaqueline Rodrigues Cindra de Lima Souza Coordenadoria de Laboratórios. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – Campus de Vila Velha, Brasil.
  • Gustavo Rodrigues de Souza Departamento de Química e Física. Universidade Federal do Espírito Santo – Campus de Alegre, Brasil.
  • Ester do Nascimento Moulin Departamento de Ciências Agrárias. Universidade Federal do Espírito Santo – Campus de Alegre, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.36524/ric.v10i1.2419

Palavras-chave:

Cultivo de laranja, manejo sustentável, óleo essencial, fitotoxicidade, citotoxicidade

Resumo

A expansão da produção de laranja e instalação de agroindústrias mitigam a necessidade de aproveitamento dos resíduos gerados. Este estudo investigou o uso de cascas residuais de laranja para extração de óleo essencial e avaliação de sua potencial atividade biológica. O óleo essencial (OECL) foi obtido da cultivar Valência (Citrus sinensis L.), adquirida no município de Jerônimo Monteiro, Brasil. As cascas frescas foram quantificadas quanto ao teor de umidade e de óleo essencial. O OECL foi caracterizado quanto aos seus atributos físicos (densidade e índice refração), químicos (composição qualitativa/quantitativa) e biológicos (atividade antioxidante, fitotoxicidade e citotoxicidade). As cascas apresentaram 61,5% de umidade e 0,9 % de óleo essencial, este apresentou densidade = 0,8572 g cm-3 e índice de refração = 1,4712 tendo em sua composição: Limoneno (96,37%), Linalol (2,26%) e β-Pineno (1,37%). Dentre as atividades biológicas avaliadas destaca-se o forte carácter antioxidante, concentração efetiva de 89 mg mL-1 para sequestro de 50% do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazil. No teste de fitotoxicidade in vitro, com Lactuca sativa, verificou-se que 30 mg mL-1 do OECL não alterou significativamente o processo germinativo, nem o crescimento radicular, mas reduziu em 90% a emissão de folíolos. Já no ensaio de citoxicidade in vitro, 30 mg mL-1 do OECL não afetou a viabilidade do crescimento celular da Saccharomyces cerevisiae, mas reduziu sua atividade enzimática em 30%. A exploração do OECL apresenta-se promissora quanto ao rendimento de obtenção e atividades biológicas, sendo necessários estudos mais aprofundados de seletividade e mecanismos de ação.

Biografia do Autor

  • Jaqueline Rodrigues Cindra de Lima Souza, Coordenadoria de Laboratórios. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – Campus de Vila Velha, Brasil.

    Possui graduação em Química pela Universidade Federal do Espírito Santo (2003), graduação em Bacharel em Química pela Universidade Federal do Espírito Santo (2006) e mestrado em Agroecologia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (2019). Atualmente é técnico de laboratório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química, atuando principalmente nos seguintes temas: análise de alimentos e insumos, óleos vegetais fixos, sustentabilidade, qualidade de água e alimentos.

  • Gustavo Rodrigues de Souza, Departamento de Química e Física. Universidade Federal do Espírito Santo – Campus de Alegre, Brasil.

    Professor de Educação Profissional e Tecnológica do Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio de Tempo Integral "Aristeu Aguiar", e Coordenador do curso Técnico em Sistemas de Energia Renovável, ministrando as disciplinas de Introdução à Energia Renovável e Legislação, Conservação de Energia, Eficiência Energética e Instalações Elétricas. Doutorando em Química pela Universidade Federal do Espírito Santo, atuando na linha de pesquisa com enfoque nos processos de fermentação espontânea e induzida no processamento de cafés, desenvolve pesquisas nos campos da química, bioquímica e microbiologia, com aplicação de diferentes matrizes para compreensão dos fatores determinantes da qualidade do café. Mestre em agroquímica pela Universidade Federal do Espírito Santo - campus Alegre. Graduado em Engenharia de Aquicultura pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - Campus de Alegre. Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Piscicultura Continental. Licenciatura plena em Química em andamento pela Universidade Federal do Espírito Santo - Campus de Alegre. Atuando nas áreas de pesquisa em Catálise (Homogênea/Heterogênea), Síntese Orgânica e Química de Produtos Naturais e Manejo de Plantas Daninhas, Pragas e Doenças Agrícolas. Desenvolve projetos de pesquisa na transformação química de compostos bio-renováveis utilizando como catalisadores metais de transição, materiais sintéticos e nanoestruturados na produção de agroquímicos, fármacos e aplicação.

  • Ester do Nascimento Moulin, Departamento de Ciências Agrárias. Universidade Federal do Espírito Santo – Campus de Alegre, Brasil.

    Técnica em Agropecuária, graduada em Tecnologia da Cafeicultura pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - Campus Alegre. Atualmente é graduanda em Agronomia e mestranda no Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universiade Federal do Espírito Santo - Campus de Alegre. Atuou nas linhas de pesquisa nas áreas de Alimentação, Bem Estar e Cuidados Animal, onde foi bolsista de Iniciação cientifica/CNPq/ FAPES nos projeto de Influência da Densidade de Estocagem no Crescimento e Sobrevivência de Larvas de Tambaqui Colossoma Macropomum (2014-2015), Perdas Econômicas para os Produtores Rurais Decorrentes da Qualidade do Leite Produzido em Alegre ? ES (2015-2016), atuou ainda na linha de pesquisa Química, Produtos Naturais e Biotecnologia onde foi bolsista de Iniciação Cientifica/IFES nos projetos de Caracterização do Óleo Extraído do Resíduo Agroindustrial de Graviola (Annona Muricata L.) e Sua Potencial Atividade Antioxidante e no projeto Óleo Extraído dos Grãos de Café Verde e Sua Potencial Atividade Antioxidante e Fotoprotetora (2018-2019). Possui experiência em atividades de extensão e assistência técnica em produção cafeeira e qualidade dos grãos pela empresa Júnior dos Alunos do Curso de Cafeicultura (Caparaó Jr). Atualmente desenvolve pesquisas na área de mutagênese.

USO DE CASCAS DE LARANJA PARA EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL E AVALIAÇÃO DE SUAS ATIVIDADES BIOLÓGICAS

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Publicado

25-03-2024

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra

Como Citar

USO DE CASCAS DE LARANJA PARA EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL E AVALIAÇÃO DE SUAS ATIVIDADES BIOLÓGICAS. (2024). Revista Ifes Ciência , 10(1), 01-23. https://doi.org/10.36524/ric.v10i1.2419

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