IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS TEORES DE α E β-ÁCIDOS DOS LÚPULOS PLANTADOS NO ESPÍRITO SANTO POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (HPLC)
DOI:
https://doi.org/10.36524/ric.v10i1.2847Palavras-chave:
cohumulona, colupulona, lupulina, teamakerResumo
O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, perdendo apenas para China e Estados Unidos. Contudo, uma das matérias primas essenciais para a produção da bebida, o lúpulo (Humulus Lupulus L.), ainda enfrenta uma dependência significativa da sua importação. Dentro das glândulas de lupulina localizadas nas flores fêmea do lúpulo encontram-se compostos que conferem amargor, aroma e importantes atividades biológicas. São as moléculas conhecidas como α e β-ácidos (Humulonas e Lupulonas), juntamente com seus óleos essenciais que contribuem para isso. A quantificação desses α e β-ácidos é importante para cervejeiros e pesquisadores, uma vez que através deles, aprimoram-se características sensoriais e funcionais das cervejas. Na última década, através da certificação de mudas desta flor no Brasil, alguns estados brasileiros vêm apresentando variedades bem adaptadas ao clima. Os estados do Sul e Sudeste, na vanguarda deste cultivo vêm desempenhando um papel crucial nesse processo de popularização do Lúpulo. Assim, o objetivo deste trabalho foi a quantificação por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC), dos α e β-ácidos presentes em amostras capixabas e de outros estados do país. Os resultados indicaram uma quantidade elevada de β-ácidos na Variedade Teamaker (12,51 g 100 g-1, m/m), enquanto os α-ácidos foram predominantes nas variedades como Zeus (14,89 g 100 g-1, m/m) e Comet (14,69 g 100 g-1, m/m). O estudo demonstrou ainda que a etapa de processamento das flores (colheita, secagem e armazenamento), ainda carecem de maior cuidado, uma vez que algumas variedades estudadas (Polaris e East Rent Golding) apresentam uma quantidade significante de compostos já oxidados devido á má conservação.
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