EDUCAÇÃO PARA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA NO SISTEMA PRISIONAL
DOI:
https://doi.org/10.36524/dect.v2i01.25Palabras clave:
Educação, Educação de adultos, Prisioneiros, Educação e consciência históricaResumen
A singularidade do sistema prisional e a pluralidade dos sujeitos detentos fazem com que a educação prisional deixe de ser pensada apenas como um benefício e seja vista como a razão de ser do sistema prisional. A prisão existe para punir e segregar, entretanto pode tornar-se um projeto de reconstrução de releituras e perspectivas. É o que aponta a visão de Rüsen sobre a consciência histórica: um viés pródigo para novos paradigmas atitudinais. Outro ativo fundamental para nossa análise foi a filosofia de Arendt sobre o poder de pensar e perdoar para reconstruir identidades sob responsabilidades compartilhadas. Trata-se de um trabalho contínuo que abarca Estado e sociedade civil sem uma receita generalizante. Voltada à consciência histórica, a pesquisa foi efetuada com viés bibliográfico e de cunho qualitativo e objetivou pensar princípios epistemológicos que respeitem a formação humana integral – no bojo dos princípios e conceitos em Educação Profissional Técnica Integrada a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos –Formação inicial e continuada - Proeja-FIC. Constatou-se que a prisão, cruelmente, obsta uma recidadania emancipatória através das celas superlotadas, do ensino descontínuo e atropelado pelas lógicas da segurança, da falta de preparo docente específico para o sistema prisional, entre outros fatores. É notório que a violação cotidiana dos direitos educativos dos encarcerados violenta a sociedade brasileira, logo clama-se por uma revolução paradigmática: a formação de uma educação na prisão ao invés de uma educação estigmatizada para prisioneiros.