A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL E A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
DOI:
https://doi.org/10.36524/dect.v2i01.27Palavras-chave:
Desigualdade social, Educação de jovens e adultos, Educação para as relações etnicorraciaisResumo
Esse artigo representa um recorte do trabalho monográfico apresentado para a conclusão do curso de Especialização em Educação Profissional Técnica Integrada à Modalidade de Jovens e Adultos do Instituto Federal do Espírito Santo Campus Vitória. O trabalho que descrevemos localiza-se no campo de estudo da Educação de Jovens e Adultos (EJA), com recorte especifico para a questão étnicoracial. Nosso objetivo era saber qual o lugar da questão étnico-racial na EJA, no contexto das discussões geradas a partir da implementação da Lei n° 10639/03. Nossa pesquisa foi de cunho quanti-qualitativo, com a realização de um estudo de caso na escola municipal de Cariacica, no Estado do Espírito Santo. Utilizamos como aportes teóricos Müller (2008); Gomes (2007); Arroyo (2007), dentre outros. Esses autores nos levaram a considerar que a história de exclusão do povo negro tem profunda ligação com a situação de desigualdade socioeconômica em que vivem os afrodescendentes. Com isso, constatamos que esse quadro de exclusão se repete e perpetua-se no meio escolar, em suas diversas modalidades de educação, inclusive na EJA. Concluímos em nossa pesquisa, que os alunos (as) se reconhecem como afrodescendentes, mas ainda identificam o racismo no outro. Quanto aos professores (as) é grande a desinformação sobre a Lei nº 10639/03. As regiões onde a EJA se faz presente são áreas de maioria afrodescendentes. E, que apesar dessa realidade, as discussões sobre a temática não tem privilégio nesses espaços escolares.